terça-feira, 25 de janeiro de 2011

CONSTRUINDO A SEDE DA ADET

Você que é solidário, não deixe de contribuir para a construção da sede da ADET - Associação dos Deficientes de Tabira, fundada em 18 de abril de 2004, pois este é um antigo sonho deste Grupo de Amigos, que lutam incansavelmente em busca dos seus direitos e da inclusão social de todas as pessoas portadoras de deficiência.


A ADET é uma Entidade sem fins lucrativos, que tem como um de seus objetivos buscar melhorias assistenciais para os seus associados, que no momento são em torno de 400 (quatrocentos), embora segundo dados do IBGE censo 2000, existem no município mais de 5.000 (cinco mil) pessoas com alguma deficiência.

Seja Solidário, faça a sua doação

de Coração a:

ADET - Associação dos Deficientes de Tabira
Agencia: 2699-9
Conta Poupança: 010.009.652-2
Banco do Brasil - Tabira - PE

Antecipadamente agradece a Familia ADET.


ADET - COMISSÃO DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS DO PAA.

Em Reunião extraordinária de diretoria da ADET, do ultimo dia: 20/11/2010, foi eleita a COMISSÃO DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS DO PAA da ADET - Associação dos Deficientes de Tabira, que ficou assim formada por diretores e voluntários:
Luiz Antonio da Silva (presidente) e
Girleide Gomes da Silva,
Maria Eunice Ferreira,
Antonio Jose dos Santos,
Luiz Egidio de Moura,
Heleno Trajano Pereira,

A DIRETORIA.

COMISSÃO DE COMPRAS E FISCALIZAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PARA A NOVA SEDE DA ADET.

Em reunião mensal extraordinaria de diretoria do ultimo dia: 04/12/2010, foi eleita a comissão a COMISSÃO DE COMPRAS E FISCALIZAÇÃO DE MATERIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DA SEDE SOCIAL DA ADET - Associação dos Deficientes de Tabira que ficou assim formada:

Vandelson da Graça Marcolino (presidente) e
Antonio Pereira dos Santos,
José Ferreira Irmão,
Claudeci Queiroz Carvalho,
Daniel Alexandre de Brito Rocha,

Sendo que a realização dos pagamentos, materiais e serviços prestados de (Pedreiros, Serventes e etc,) ficaram de total e inteira responsabilidade de: Luiz Miguel da Silva e Vania Maria de Lima (respectivamente) Presidente e Tesoureira da Entidade.



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MARA GABRILLI CHEGA A BRASILIA PARA MELHORAR, AINDA MAIS, A VIDA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.


Fonte : foconapolitica@revistafoco

Superação. Essa é a marca da trajetória de Mara Gabrilli, recém-eleita deputada Federal pelo PSDB/SP.

Com 43 anos, Mara é psicóloga e publicitária, mas seu reconhecimento em todo o país se deu pelo trabalho que realiza para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, causa que também é dela:

Mara será a primeira deputada Federal tetraplégica.

Em 1994, aos 26 anos, Mara sofreu um acidente que a deixou paralisada do pescoço para baixo. Após longo período em recuperação, incluindo seis meses respirando com a ajuda de aparelhos, ela percebeu que o fato de não andar mais não pesou tanto.

“Deixar de respirar pelos aparelhos me fez sentir livre”, afirma.

No entanto, ao retomar sua vida cotidiana, começou a sentir na pele o que era ser brasileiro com deficiência:
“faltava informação, faltava acesso, faltava muita coisa”, conta.

De lá para cá, Mara percebeu que tinha muito trabalho a fazer e decidiu começar a agir.

Fundou, em 1997, a ONG Projeto Próximo Passo (PPP), para promover pesquisas para cura de paralisias e apoiar atletas com deficiência. Uma década depois, a Organização se expandiu, tornando-se o Instituto Mara Gabrilli, e expandindo também o escopo de seu trabalho, com a implantação de projetos culturais e a disseminação do Desenho Universal.

Recentemente, a ONG lançou mais uma iniciativa, o Cadê Você, projeto que localiza e identifica pessoas com deficiência residentes nas comunidades mais carentes do Município de São Paulo, avaliando suas condições de vida por meio de visitas a domicílio.

A ideia é criar uma rede de proteção, levando informações sobre os serviços públicos existentes na cidade.

Ainda assim, atuando no terceiro setor, Mara encontrava muitas limitações impostas pelo poder público e percebeu que as transformações precisavam ser maiores.

“Senti que era preciso mudar a cidade e seus habitantes, instituindo políticas públicas para quem tem uma deficiência ou mobilidade reduzida”, diz.

E foi com esta vontade de transformar que a tucana surgiu no cenário político, como candidata a vereadora de São Paulo, pela primeira vez, em 2004. Recebeu quase 12 mil votos, que lhe garantiram a suplência da Câmara Municipal e despertaram a atenção dos políticos do partido.

Não contente, elaborou um projeto para a criação de uma Secretaria que trabalhasse em prol da pessoa com deficiência e em 2005, a convite do então prefeito José Serra, assumiu a inédita Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, o primeiro órgão executivo do País criado especialmente com esta
missão.

Em fevereiro de 2007 Mara assumiu uma cadeira na Câmara Municipal e foi reeleita vereadora em 2008 com 79.912 votos, sendo a mulher mais votada no Brasil.

Nos quatro anos como vereadora, elaborou e aprovou leis que ajudaram a modificar o cenário da pessoa com deficiência em São Paulo.

Mara tornou lei o núcleo municipal de reabilitação, aumentando esses serviços especialmente na área de saúde, com a expansão dos Núcleos Integrados de Reabilitação (NIR) e dos Núcleos Integrados de Saúde Auditiva (NISA).

Mais calçadas acessíveis foram feitas por meio do Plano Emergencial de Calçadas, lei de sua autoria.

Criou uma Central de Intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), proporcionando que pessoas com deficiência auditiva pudessem ser atendidas nas 31 subprefeituras da Cidade.

Em sua trajetória como legisladora também figura o Censo Inclusão, um mapeamento e cadastramento das pessoas com deficiência em todo o município com o objetivo de direcionar da melhor maneira as políticas públicas para a população com deficiência.

Mais do que isso, Mara afirma que “a Cidade começou a olhar com outros olhos para as pessoas com deficiência”.

Com a experiência acumulada de ajudar a melhorar a vida das pessoas com deficiência na cidade de São Paulo, Mara decidiu expandir esse trabalho para todo o País e candidatou-se a deputada Federal, sendo eleita com 160.138 votos.

Ela afirma querer transformar ainda mais, discutindo questões como inclusão, acessibilidade e pesquisas científicas em âmbito nacional: “como vereadora esbarrava diariamente em questões de legislação nacional.

"São 30 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência e é preciso aumentar a cnscientização das pessoas e realizar efetivas transformações, através de um trabalho específico nessa legislação”.

Antes mesmo de tomar posse na Câmara Federal, ela já encontra desafios, pois as instalações não são acessíveis para cadeirantes.

“Como posso exigir melhorias para as pessoas com deficiência se nem a Casa do Povo é acessível?”, questiona. “Isso tem que mudar, o preconceito tem que acabar, a começar pelo próprio Poder Público”.

Mara Gabrilli é colunista das revistas TPM (Trip Editora) e Sentidos (Escala), e do Portal Vida Mais Livre. Publicou o livro Íntima Desordem – os melhores textos na TPM (Arx / Versar) e foi consultora do livro Vai encarar? - A Nação (quase) invisível das pessoas com deficiência (Claudia Matarazzo, Melhoramentos).

Comanda o programa de rádio Derrubando Barreiras: acesso para todos, na Eldorado AM, e o Momento Terceiro Setor, na rádio Trianon AM. Em reconhecimento a sua atuação, foi eleita Paulistana do Ano (2007) pela revista Veja São Paulo, fgurou entre os Cem Brasileiros Mais Influentes (2008) das revistas
Isto É e Época, e foi finalista do Prêmio Claudia 2008 na categoria Políticas Públicas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

AS 10 COISAS MAIS IMPORTANTES PARA OS BRASILEIROS.

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Em uma ação inédita com o patrocínio do banco HSBC, o Lista 10 lançou no dia 18 de agosto de 2009 uma enquete para saber quais são as coisas mais importantes para os brasileiros. Os votos foram computados ao longo de uma semana e finalmente revelados aqui.
Ao todo a enquete obteve 31.822 votos válidos. Confira o Top10:
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1º. Ter Saúde – 14,61% (4648 votos)
2º. Curtir a Vida – 13,89% (4421 votos)
3º. Família – 12,89% (4103 votos)
4º. Ter Dinheiro – 12,84% (4085 votos)
5º. Ser bem sucedido no trabalho – 11,66% (3711 votos)
6º. Ter uma casa própria – 10,41% (3314 votos)
7º. Ficar Milionário – 8,48% (2697 votos)
8º. Casar – 6,54% (2082 votos)
9º. Ter um carro novo – 5,66% (1800 votos)
10º. Ser famoso – 3,02% (961 votos)

Total: 31.822 votos

Fonte: lista10.org

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

OS ANÕES E A EXCLUSÃO SOCIAL.

Quem se encontra, hoje, fora dos padrões convencionais de beleza, estatura, peso e medidas faz parte de um grupo estigmatizado da sociedade.

Os anões, que alcançam estatura entre 70cm e 1,40m, na idade adulta, estão nesse grupo, pois sua característica preponderante é a baixa estatura. Mas não só.

Há um conjunto de fatores que caracterizam as pessoas com nanismo, que se subdividem em 200 tipos e 80 subtipos. O mais comum é o chamado Acondroplasia (leia boxe).

Caracterizam-se pela testa proeminente, área achatada acima do nariz (entre os olhos), mandíbula ressaltada e arcada dentária pequena, com sobreposição e desalinhamento dos dentes.

A principal dificuldade para esse grupo de pessoas, cuja incidência ainda não foi oficialmente levantada, é a falta de acessibilidade em ambientes, produtos e serviços de uso público, como balcões de atendimento, prateleiras em supermercados, degraus de escadas e de transportes, caixas eletrônicos, mobiliário público e doméstico em geral (mesas, cadeiras, bancos, camas, estantes, armários, etc.).

Tudo é produzido para pessoas com estatura mediana, excluindo as pessoas muito altas ou muito baixas. Outra questão vivenciada pelos anões é a falta de reconhecimento e respeito como pessoa, sendo tratados de forma infantilizada e, muitas vezes, ridicularizados.

O nanismo pode ocorrer em qualquer pessoa, mesmo sem histórico na família. Também em animais, como cães e vacas, o nanismo está presente. As causas podem ser endócrinas (distúrbios relacionados a produção de hormônio de crescimento) e também por mutação genética como é o caso da Acondroplasia.

Embora quem não tenha casos de nanismo na família possa ter filhos anões, o contrário necessariamente não é verdadeiro, ou seja, nem todo anão irá gerar filhos anões. Se os pais são anões do tipo acondroplásico, as probabilidades são de 25% ter filhos com estatura normal e de 75% ter filhos anões.

Apesar do preconceito, os anões podem ter vida social e constituir família como qualquer pessoa, sendo tanto melhor sucedido quanto maior forem a aceitação e o apoio recebidos de familiares.

Segundo o médico ortopedista João Tomazelli, especializado em Nanismo pela universidade americana John Hopkins e considerado referência brasileira na área, é possível detectar o nanismo por ultra-sonografia, a partir do 5º mês de gestação. Não é possível evitá-lo, mas é possível, em alguns casos, desenvolver estatura com tratamento à base de hormônio de crescimento ou cirurgia, porém o efeito é o de "alongamento de ossos", preservando-se outras características.

O médico destaca que a baixa estatura é preponderante, porém, menos importante, pois o menor problema deles é o tamanho. "O tamanho não nos preocupa, mas sua invisibilidade: pouco se sabe sobre eles e isso compromete sua qualidade de vida, devido ao preconceito de que são vítimas", observa.

Os anões são 10 vezes mais suscetíveis a problemas com anestesias do que as demais pessoas, em função de um quadro chamado "hipertermia maligna", uma espécie de superaquecimento do organismo, que os fazem suar muito, pois geram calor mais que outras pessoas e esse quadro pode se agravar com alguns anestésicos.

Uma anestesia raquia (na região da coluna vertebral) pode ter sérios comprometimentos, podendo inclusive levar a paralisia, segundo o médico. "Esses detalhes são pouco conhecidos pelos profissionais da saúde, aliás, existem médicos que nunca trataram de um anão na vida", observa.

Ele revela, ainda, um dado preocupante: elevado número de suicídios entre os anões. "Não raro temos notícia de um anão que se suicida, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Eles ficam escondidos e se tornam 'invisíveis' , dificultando a inclusão social", afirma.

Para melhorar a qualidade de vida é facilitar a inclusão social, Tomazelli sugere a prática de esportes de baixo impacto, como natação, musculação e hidroginástica, inclusive para o controle da obesidade. Esportes de alto impacto não são indicados porque contribuem para o desgaste das articulações, gerando dores e doenças.

ACONDROPLASIA: O TIPO MAIS COMUM DE NANISMO

A acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, pode ou não ser hereditária e ocorre por modificação genética.

Qualquer pessoa pode gerar outra com acondroplasia.

Suas principais características são: baixa estatura, braços e pernas pequenos desproporcionais ao tamanho da cabeça e comprimento do tronco.

Esse encurtamento é principalmente na parte de cima dos braços e nas coxas.

Um adulto com acondroplasia tem uma curva acentuada na parte final da espinha, que apresenta uma aparência saliente.

Suas pernas quase sempre se tornam curvas e a pessoa pode apresentar limitada movimentação dos cotovelos, que não se dobram completamente.

As mãos são pequenas e os pés, pequenos e largos. Muitas crianças acondroplásicas podem flexionar a articulação de seus dedos, pulsos, cintura e joelhos a um ângulo extremo devido a ligamentos frouxos de algumas articulações.

Esses sinais são normalmente aparentes no nascimento e a acondroplasia pode ser diagnosticada nessa época, na maioria dos casos. Em geral, não há alteração intelectual.

Não parece haver ligação entre a altura dos pais e a altura a que a criança com acondroplasia vai alcançar quando adulta.

Há psicólogos, pediatras, endocrinologistas, geneticistas, ortopedistas e neurologistas que podem oferecer apoio. Muitas pesquisas estão sendo feitas sobre a acondroplasia e outros problemas de crescimento.

Fonte: www.ame-sp.org.br

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

FUNÇÃO SEXUAL E FERTILIDADE EM HOMENS APÓS LESÃO MEDULAR.


A matéria abaixo foi extraída do site Bengala Legal.

Fisioterapia Neurofuncional

Muitas pessoas associam lesão medular à perda da função sexual, particularmente em homens, mas na verdade, paralisia hoje em dia não significa mais o fim de relacionamento sexual ou da habilidade para a paternidade.

Cerca de metade dos homens com LM são incapazes de apresentar ou manter uma ereção sem ajuda e, 95% de ejacular, diz Dr. Richard E. Berger, professor do Departamento de Urologia e Co-Diretor do Centro de Reprodução Sexual da Clínica Médica da Universidade de Washington. Ambos os problemas, diz Berger, podem agora ser conduzidos de maneiras diferentes.

Talvez o mais simples método de produzir uma ereção seja o de usar uma bomba de vácuo que se adapte ao pênis e que traga sangue para dentro dele por meio de sucção.
Este método é muito efetivo e traz resultados satisfatórios em 80 a 90% dos homens que o utilizam, sendo que, além de tudo, é um método completamente não invasivo. Cuidados devem ser tomados para se evitar a formação do anel constritivo por mais de meia hora de cada vez, prevenindo assim, o risco de se formarem coágulos dentro do pênis.

"Uma bomba de vácuo custa, geralmente, menos do que US$500 (dólares)", diz Berger. A desvantagem é que o uso desse equipamento requer um planejamento e aptidão para usá-lo e alguns casais se sentem embaraçados para utilizar o equipamento. A bomba também pode causar hematoma no pênis se for bombeada com muita força ou por muito tempo.

Outro método para produzir uma ereção é injetar uma pequena quantidade de droga, usualmente a prostaglandina E-1, diretamente no pênis, para aumentar o fluxo sanguíneo. "Essencialmente, essa injeção faz o mesmo papel que os nervos fariam sobre os vasos sanguíneos" diz Berger. "Uma pequena agulha de insulina (da mesma utilizada pelos diabéticos) é utilizada no processo e, mesmo para homens com alguma sensação, não é muito doloroso."

Assim como no método de sucção/constrição, a dose da medicação deve ser ajustada para agir somente durante 30 minutos, para evitar o perigo de uma ereção muito prolongada. "As primeiras injeções são aplicadas numa clínica para que seja estabelecida a dosagem correta", diz Berger. Injeções no pênis podem ser utilizadas somente uma vez por dia e existe o risco de causar ferimento no pênis, por isso, Berger recomenda que elas não sejam usadas mais do que 2 vezes por semana. Muitos homens com LM preferem este método porque é mais rápido e não requer um equipamento aparatoso. A droga funciona em 60-70% dos casos em que é utilizada e custa cerca de US$10 a US$20 (dólares) por injeção, dependendo da quantidade usada em cada aplicação.

Se um homem com tetraplegia não tem a capacidade de operar uma bomba de vácuo, ou aplicar a injeção por si mesmo, sua companheira deverá aprender a fazer isso por ele. Muitos casais aprendem a incorporar esses recursos como parte do ato sexual e até descobrem que eles podem aumentar a excitação. Quando nem a bomba de vácuo e nem a injeção produzem os efeitos desejados os homens com LM podem optar por fazer um implante cirúrgico de um aparelho semi-rígido ou inflável no pênis. "Existem muitos tipos de implantes penianos mas, os que funcionam melhor para os homens que não possuem sensação são os que possuem um sistema de auto insuflação", diz Berger. Nestes sistemas, uma pequena bomba, usualmente localizada na ponta do pênis, insufla o implante com fluído quando a ereção é desejada. Na LM, a falta de sensação pode levar a um problema de erosão peniana que é uma lesão feita na pele, provocada pelo o implante, e que acontece devido a falta de sensibilidade local. Implantes que se tornam flácidos quando não estão em uso criam menos pressão sobre a pele e também menos risco de erosão.

Implantes penianos são também úteis para homens que tem problema com o uso de catéter de borracha e apresentam retração peniana. No entanto, a colocação de um implante peniano danifica o tecido erétil do pênis. Se um implante for removido, o tecido não funcionará tão bem como funcionava antes do implante ser colocado. "Implantes também são muito dispendiosos custando uma faixa de US$10.000 (dólares), ou mais, pelo implante e mais a cirurgia para colocá-lo", diz Berger. "Desta maneira, nós aconselhamos que sejam tentados outros métodos mais baratos e reversíveis em primeiro lugar".

Tecnologia e medicina podem tornar a relação sexual possível para homens com LM mas, o ato sexual em si não será o mesmo de antes da lesão. Sem a sensação genital e/ou o orgasmo, os homens com LM normalmente devem aprender a focalizar a relação sexual em outras formas alternativas de estimulação. "Outras áreas do corpo frequentemente se tornam mais sensíveis", diz Berger. "Quando os homens com lesão medular sonham," ele adiciona, "eles normalmente sonham consigo mesmo como não possuindo LM. No sonho eles podem sentir tudo. Eu conheço alguns deles que conseguem se colocar dentro de um sonho quando vão fazer sexo."

"Homens com paralisia também se tornam mais concentrados em proporcionar prazer as suas companheiras e isso proporciona a eles próprios mais prazer", diz Berger. "Eles gostam de observá-las e isso estimula o desejo deles em querer fazer as coisas funcionarem o mais próximo do normal possível. Imaginar que eles podem funcionar sexualmente e satisfazer suas companheiras sexualmente traz satisfação e muito mais ainda quando eles conseguem realizar isto de fato. Sexo é muito mais do que o que está entre as orelhas."

Fertilidade
Em muitos casos, os testículos continuam produzindo esperma após a LM mas, a ejaculação está impedida. Assim, o desafio para os homens com LM que querem tornar-se pais é conseguir retirar o esperma de dentro de seus corpos a fim de que ele seja utilizado em inseminação artificial. Existem 3 técnicas básicas: duas para induzir a ejaculação e outra envolvendo a remoção cirúrgica através de uma pequena incisão na bolsa escrotal. Porque o método cirúrgico pode causar ferimento e um possível bloqueio nos vasos deferentes, Berger diz que, geralmente, outros dois métodos, descritos a seguir, são tentados primeiramente.

Um deles é colocar um vibrador contra a cabeça do pênis para estimular o reflexo da ejaculação. Este método tem sido usado durante 13 anos e funciona bem em homens com injúrias abaixo de L2, nos quais os reflexos necessários estão praticamente preservados. "Um novo vibrador que foi criado tem trazido o índice de sucesso para cima de 70%", diz Berger. "É um método que pode ser usado em casa e o esperma pode ser inseminado em casa mesmo, usando-se uma seringa vaginal, o que faz com que todo o processo pareça menos clínico.

O segundo método, que tem sido usado por 6 a 7 anos é estimular a glândula prostática, a vesícula seminal e os vasos deferentes, com um cabo elétrico introduzido no reto. A estimulação faz com que a glândula se contraia produzindo ejaculação artificial. Para os pacientes que possuem sensação, a eletroejaculação pode ser dolorosa e necessita ser realizada com anestésicos, diz Berger "mas, felizmente para a maior parte das pessoas que utilizam este método, elas não podem mais sentir dor".

Ambos os métodos, a estimulação vibratória e a eletroejaculação, podem causar disreflexia autonômica, assim, a pressão sanguínea deve ser monitorizada de perto, durante ambos os procedimentos. "Se alguém começar a apresentar elevação da pressão sanguínea nós interrompemos o processo." Os pacientes que apresentam disreflexia durante o procedimento podem ser tratados com uma droga tipo nifedipine antes de uma sessão futura, para controlar o problema.

"Outra preocupação com a indução da ejaculação é o nível de atividade e mobilidade do esperma que deve estar baixa, especialmente no principio da lesão", diz Berger. Em homens que não ejaculam o esperma fica depositado no trato por um longo período o que reduz a mobilidade do espermatozóide. Este problema pode ser melhorado frequentemente usando-se estimulações repetidas e tratando-se o esperma recém adquirido no laboratório com drogas que aumentam o nível de energia celular.

Com estes métodos, diz Berger, sua clínica atingiu um aumento no índice de gravidez próximo aos 30%. "Depende do quanto persistente as pessoas são" ele adiciona. Utilizando-se os melhores meios, pessoas com LM apresentam um índice de gravidez de apenas 20% ao mês, havendo necessidade de se repetir muitas vezes, antes que a inseminação artificial possa ser um sucesso. Nos últimos 5 anos, Berger estima que a sua clínica habilitou cerca de 20 homens a se tornarem pais.

Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2010/10/funcao-sexual-e-fertilidade-em-homens.html#ixzz17NRfrdtf
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FOTOS DA CONFRATERNIZAÇÃO DA ADET NO PARK SOL - TABIRA













































FOTOS DA VISITA AO AMIGO BENICIO ROCHA - GARANHUNS